A audiência virtual aconteceu nesta manhã com a participação do SINTESV-RO, SINDESP (Sindicato Patronal), representante do Ministério Público e Juiz do Trabalho. Considerando a atual situação do País, devido a pandemia do COVID 19, o Sindicato dos Trabalhadores em Vigilância de Rondônia vêm defendendo um aumento mínimo que reponha ao menos a inflação do período, que corresponde 3,92% sobre o salário e vale-alimentação. Na abertura da Audiência, o representante jurídico do SINTESV-RO, Dr. Daniel Gago de Souza, lembrou que as negociações estavam bem adiantadas, antes do Decreto de pandemia, mas as empresas recuaram e vêm fazendo de tudo para protelar as negociações. “Tivemos inclusive a morte de vários companheiros, vítimas do Corona Vírus, que estavam trabalhando na linha de frente e ainda temos centenas expostos defendendo o seu trabalho e cumprindo com o compromisso das empresas em seus contratos”.
Usando como justificativa a pandemia, representantes das Empresas fizeram uma proposta no mínimo indecente e que foi de pronto rejeitada pelos representantes dos trabalhadores, 3,92% sobre o vale-alimentação à partir do mês de outubro e 0% sobre o salário. Tanto o Juiz, quanto o representante do Ministério Público do Trabalho estranharam a proposta, considerando que as Empresa não sofreram nenhum impacto financeiro com a pandemia e ainda receberam diversos benefícios do Governo Federal, uma vez que o trabalho do vigilante é essencial e estão na linha de frente em todos seguimentos privados e públicos.
Diante do impasse, o Excelentíssimo Desembargador Vice-Presidente Shikou Sadahiro, propôs um aumento de 3% sobre o salário, 3,92% já proposto pelas empresas no vale-alimentação pagos retroativo a Data-base da CCT 2020/2021, ou seja, mês de março.
Ao final o Desembargador deu um prazo de vinte dias para que as Empresas apresente uma nova proposta e segundo o presidente em exercício do SINTESV-RO, Paulo Verinaldo, não está descartada a possibilidade de uma greve geral da categoria, caso as empresas não cedam, o que não seria bom para nenhuma das parte, mas, “é a única arma legal que temos e podemos usar, caso necessário” disse o presidente.